quarta-feira, 14 de abril de 2010

Era Digital na Organizações

A Era Digital Nas Organizações

Por: Bernardo Junnior

Quando o rádio surgiu, no inicio do século passado, muitos apostaram que seria o fim dos meios impressos como jornais, revistas e livros. Na década de 50, com a consolidação da televisão, achavam que, dessa vez, o que não sobreviveria seria o rádio porque a televisão unia a sonoridade às imagens. Mais de cinqüenta anos depois, vimos que nenhum desses veículos desapareceu, pelo contrário, solidificaram-se, cresceram e acompanharam a evolução tecnológica.

Agora, no início do século XXI, percebemos uma tendência que não aponta para o desaparecimento de quaisquer das linguagens, mas sim para a criação de um ambiente que acolhe a todas elas, com muito mais capacidade para armazenar dados, eliminar os “ruídos” contidos nas mídias tradicionais, tomar qualquer mensagem acessível em todas as partes do planeta e fazer com que a produção midiática fique cada vez mais viável economicamente.

Tratando essa fase como uma condição pós-humana de comunicação, enxergamos  que o aspecto mais espetacular da era digital está no poder dos dígitos tratando todas as mensagens e meios com a mesma linguagem universal.

E a realidade nos remete a esse cenário. Hoje vivemos numa sociedade globalizada em rede e informacional que se caracteriza por agilizar e tornar menos palpável (fisicamente manipulável) o conteúdo da comunicação, por meio da digitalização e da comunicação em redes (mediada ou não por computadores) para a capacitação, transmissão e distribuição das informações, como texto, vídeo e som.

O mundo vive hoje uma revolução tecnológica. Tecnologia para ele é o uso de conhecimentos científicos para especificar as vias de se fazer coisas de uma maneira reproduzível. Entre as tecnologias da informação ele inclui o conjunto convergente de tecnologias em microeletrônica, computação (os hardwares e softwares), telecomunicações, radiodifusão e também a engenharia genética.
Ao redor deste núcleo de tecnologias da informação, definido em um sentido mais amplo, uma constelação de grandes avanços tecnológicos veio se sucedendo nas últimas duas décadas do século XX.  A revolução tecnológica da informação é um evento histórico da mesma importância da Revolução Industrial do século XVIII induzindo um padrão de descontinuidade nas bases da economia, sociedade e cultura. A tecnologia da informação é para esta revolução o que as novas fontes de energia foram para as Revoluções Industriais I e II, do motor a vapor à eletricidade, aos combustíveis fósseis e, depois, à energia nuclear.

Em resumo, podemos dizer que a humanidade passou por três grandes revoluções comunicativas: a) surgimento da escrita; b) invenção dos caracteres moveis e surgimento da impressão escrita; c) surgimento dos meios eletrônicos. Atualmente, a humanidade passa pela revolução das tecnologias digitais.

E essa é a mais pura verdade. As barreiras foram derrubadas e, hoje, qualquer pessoa pode se comunicar com qualquer outra, em qualquer lugar do mundo e no momento em que quiser. O mesmo acontece nos ambientes corporativos. Toda essa convergência ultrapassou os limites e atingiu também as organizações com igual intensidade.

Foi muito bem colocado a afirmação da professora Margarida Kunsch, professora da USP, quando ela diz que “as organizações são partes integrantes da sociedade e formadas por pessoas que se intercomunicam e se interrelacionam por meio da comunicação interpessoal, grupal e de todas as suas mídias tradicionais e inovadoras como as digitais. Ou seja, a era digital  também  faz parte da vida das empresas.

Mais do que amplificar as possibilidades de emissão e recepção, iniciou uma conversa global, causando um grande impacto nas diversas áreas do conhecimento, nas relações sociais, e, de forma profunda, nas relações empresariais. O estabelecimento de fluxos de informações operando em tempo real permitiu, em minha opinião, uma revolução organizacional. Além da própria indústria da comunicação, que ganhou mercados e gerou modelos de negócios, como os sistemas de busca, canais de  vendas via Internet, provedores de conteúdo e acesso, entre  muitos outros, empresas dos mais diversos setores aprimoraram seus sistemas logísticos, de produção, relacionamento com fornecedores, colaboradores e clientes, graças à informação e sua tecnologia.

A comunicação digital tem destaque na convergência midiática pelo poder de interatividade com o público alvo. A empresa em rede é a forma fundamental de concorrência na nova economia global.

Ao se pensar em público, há de se levar em consideração as comunidades virtuais e as diversas redes sociais que vem sendo construída em todos das redes digitais da internet. Analisando os autores indicados para a leitura, chego a conclusão que as empresas estão mais atentas para as redes de relacionamentos como como chats, Orkut, blogs, RSS entre outros.  

Sendo assim, neste cenário, as empresas se deparam com um novo tipo de consumidor, um expert, familiarizado com as mídias. Isso porque as mídias digitais propiciam possibilidades de leituras e interação antes abafadas nas mídias de massa. Um internauta necessariamente possui uma postura muito mais ativa do que um telespectador de um programa de televisão,  visto que cabe a ele selecionar os caminhos de leitura perante uma infinidade de sites que se atualizam e se reconfiguram a cada instante, tornando assim intermináveis as possibilidades de leitura. O leitor passa também a ser um autor porque a realização do texto depende se suas interações e escolhas de forma muito mais evidente do que em outras mídias. Em outras palavras, o consumidor da atualidade mostra sua voz na rede.

 

Perfil do Autor

Bernardo Junnior é Professor Universitário, Jornalista, Mestrando em Ciencias da Comunicação pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), Especialista em Comunicação Empresarial e Máster em Marketing. Atualmente é sócio-diretor da GRIFE Comunicação, um agência de comunicação empresarial, sendo responsável pela política da Comunicação Organizacional de companhias dos mais diversos segmentos econômicos. Com mais de 12 anos de experiência no mercado de Comunicação e Marketing, o executivo teve passagens por grandes agências de comunicação do Brasil. Foi gestor da Comunicação e do Marketing dos mais variados tipos de clientes, de todos os portes de empresas em níveis nacionais e multinacionais. Além do amplo domínio das ferramentas de comunicação e marketing, possui também sólido relacionamento com o mercado da comunicação e com a imprensa de todo o Brasil. Além de atuar com Comunicação Organizacional, o jornalista também trabalhou como repórter especializado em Seguros, Economia, Entretenimento e Comportamento para grandes veiculos de Comunicação.

(Artigonal SC #1057516)

Fonte do Artigo - http://www.artigonal.com/negocios-admin-artigos/a-era-digital-nas-organizacoes-1057516.html

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